sábado, 13 de outubro de 2012

A dor de perder um filho


“A vida é a vida e a dor é a dor. A vida tem de ser seguida e a dor tem de ser sentida. E uma não tem de parar a outra”. (José Ruy Gandra) Bonito, né?


Um amor não correspondido, dói. A traição de alguém a quem você confiou sua amizade, também. Saudade da família que mora longe dói. Dente careado, unha encrava, dedo na porta também doem. Mas a perda de um filho, Ah... me falta adjetivo que me ajude a mensurar tamanha crueldade. Desde que fui mãe esse é um assunto que vira-e-mexe permeia meu pensamento, causando medo e perturbação. Não consigo imaginar como seria viver sem minha prole.

Esse assunto voltou a tona em minha vida após conhecer o livro "Coração de pai" de José Ruy Gandra, que fala sobre a relação entre pai e filho.
 Fiquei muito comovida após ler o capítulo que conta o luto e a perda de seu primogênito, talvez porque pra mim, a morte de um filho é uma coisa muito difícil de ser digerida, eu tremo por dentro só de pensar que meu filho possa morrer entes de mim. Acho que não há dor maior que enterrar a quem você deu a vida. É algo que vai contra a ordem da vida. Não acho justo, muito menos natural.


Bem, possa ser que nunca fique claro os porquês de um filho morrer antes de seus pais, vai ver nem na próxima encarnação (se é que ela exista) encontremos respostas a isso. O que resta aos pais que perderam seus filhos de forma precoce, é tentar viver de forma menos dolorosa com leveza no coração como esta fazendo Zé Ruy.


Obrigada meu Deus, por me permitir viver esse amor que tenho por meu filho até hoje. Agora sim entendo o que Zé quis dizer na seguinte frase:"Mas prefiro pensar nos 28 anos repletos de felicidade que sua existência me proporcionou. Poderia não ter sido um dia sequer”

Só por esses mais de 5 anos que me tornei mãe do Marquinho, uma existência inteira já teria valido a pena.Te amo, filho! ♥
bjo,
Tamirys

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